terça-feira, 29 de maio de 2012

Hoje como ontem


“O governo, invocando a necessidade de medidas de salvação pública, procura aplicar apenas leis que são odiosas, porque constituem excepções, porque muita coisa havia a fazer e não se fez, e porque as medidas financeiras não foram acompanhadas das indispensáveis medidas politicas que toda a gente esperava. Tinha-se prometido a moralização da administração, que os cortes atingiriam todos os abusos e que viriam de cima para baixo. E afinal? As propostas da fazenda são o que já toda a gente sabe, e sob pretexto de se extinguir o deficit, arranja-se uma verba que vai, em grande parte, ser arrancada a quem não tem culpa do estado a que chegaram as coisas da finança, sem que, no entanto, a situação mude, preparando-se apenas um futuro de permanentes agonias para quem trabalha para viver!”

Parece actual!

Mas foi retirado do jornal "O Século" de 1 de fevereiro de 1892 do artigo "As propostas do Senhor Oliveira Martins"

sábado, 19 de maio de 2012

As desigualdades salariais


O jornal “Público” da última segunda feira 14 de maio, nas suas páginas 12 e 13 apresentava uma análise aos vencimentos dos gestores e trabalhadores das 20 empresas do PSI20 entre 2010 e 2011.

Enquanto os salários dos gestores aumentaram 5,3%, os dos trabalhadores diminuíram cerca de 11% aumentando assim o fosso salarial e a desigualdade em Portugal.

Chega a ser obsceno verificar que numa empresa de telecomunicações o salário do seu presidente diminuiu 4,3%, mas o dos trabalhadores diminuiu 29,5%. Nesta empresa o presidente recebe 127 vezes mais que a média dos seus trabalhadores.

Noutra empresa de grande distribuição o seu presidente viu o salário crescer 29,4% e a média dos trabalhadores 1%. Sábia repartição, que levou a que o gestor receba 110 vezes mais que os trabalhadores.

Os exemplos poderiam ser muitos mais (aconselha-se a leitura do estudo bem como o artigo de São José Lopes no Público de hoje).

Enfim, o país que temos e a que não se augura grande futuro!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Oportuno

 Circula na net e com muita oportunidade no Portugal de hoje...



 

quinta-feira, 22 de março de 2012

A Greve Geral

Segunda greve geral em pouco mais de um mês.
Justifica-se, não se justifica?
Uma greve geral é sempre uma forte chamada de atenção aos poderes estabelecidos para algo que não corre bem. E todos sabemos que no nosso país muita coisa não corre bem.
Por outro lado é sempre necessária uma valvula de escape que permita que as coisas não se transformem numa guerra civil, declarada ou não.
Por cá (e pelo menos até esta hora) os trabalhadores têm mostrado um forte sentido de responsabilidade na manifestação, ao contrário de outros grupos menos bem enquadrados.
Esperemos muito sinceramente que o Poder ouça o povo na rua!