Dois jogos, duas manifestações do que não deve ser o desporto.
Primeiro em Braga entre oficiais do mesmo ofício, coisa sempre desagradável e que não deveria existir.
Depois em Alvalade com os adeptos a provocar a polícia e a receber o respectivo "troco".
Longe, tão longe, vai o tempo em que ir ao futebol era uma festa para todos. Tempo em que havia rivalidades, como sempre houve, mas as coisas resolviam-se dentro do campo (se bem que algumas vezes com uma "ajudinha" do poder, fosse o árbitro ou "outro"). É certo que as frustrações eram descarregadas em casa, sofrendo as mulheres e os filhos, mas a maioria ainda subscrevia o lema "ganhar e perder tudo é desporto, o que interessa é competir".
Hoje o desporto foi invadido e descaracterizado por outros valores, tornando-se os clubes autenticas empresas em que tudo vale para que os resultados sejam transformados em dinheiro e "os accionistas possam ter retorno dos seus capitais" como se tratasse de uma fábrica de "encher chouriços". E depois tudo o que gira à volta do mesmo, jornais, marcas de calçado, de camisolas, etc, tudo concorre para desvirtuar a competição e os resultados.
Cá por mim já deixei de prestar muita atenção ao "fenómeno", mas entendo que devemos lutar para que deixe de se chamar desporto.
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